sábado

Já passa das 7 da noite e você continua sendo o pensamento mais dominante em minha mente. Desde que acordei várias coisas, pessoas e lugares vagaram meus pensamentos, mas só você continuo intacto.

Me pego cheio de dúvidas. Será possivel eu amar? Mas, logo eu? Logo eu que tinha tanto medo de amar. Logo eu que jurei á todos que não ia me apaixonar.

Não que nunca tivesse me apaixonado antes. Tinha sim. E era exatamente por isso que não queria mais.

"Oh, coração, seu estúpido, porque me desobedeceu?"

Que seja. Que assim seja.

Poxa, eu nem sei escrever sobre amor...Já andava tão acostumada á escrever sobre dores, traumas, medos e angústias.

Mas, não tenho do que reclamar, e sim agradecer.

Aliás, agradecer têm sido o que mais faço desde o dia que senti aquele sentimento denominado como "amor".

Poderia até dizer algo bem clichê que foi rápido. Mas, nem foi...

Você vinha me arrancando sorrisos, suspiros, delírios, sonhos, sentimentos...

Me vi tão envolvida. Tão....apaixonada.

"Que droga!" pensei. "Odeio essa palavra...apaixonada. Não estou. Não vou ficar."

Bem, não tinha mais como fugir do bem que você me causava.

Eu tentei, te juro que tentei.

Ainda tento fugir, confesso.

Tão inútil, tão em vão, tão tola...

Você já tem tanta coisa de min que não me sobra quase nada.

Quase.

Me sobra amor.

Me sobra sentimentos.

Me sobra pensamentos.

Simplesmente, é você.

Só você.

Você que consegue tirar um sorriso do meu rosto mesmo quando eu não estou á fim de sorrir.

Você que me faz querer te abraçar por horas.

Você que me deixou assim...

Meio louca.

Meio alucinada..

Assim, meio... apaixonada.
Eu nunca lidei muito bem com adeus. Até então, eu já sabia que era mais do que predestinado que todas as pessoas que entrassem na minha vida outrora ia sair. Mas, se tudo se reorganiza e o mundo gira como evitar os encontros quase que fatais?

Eu não queria. Não, não, eu não podia. Mas acabei me reencontrando com você outra vez.

Um tanto envergonhada, olhei-te. Parecia tão distante de min...De tudo que fomos.

Tantas conversas, brincadeiras, risadas que evaporaram no ar.

Ahh, o ar. O mesmo que eu respirava junto ao teu naquele instante.

"Puxa, você não mudou nada!" pensei em dizer. Calei-me.

Queria resgatar tudo aquilo. Mas, espere, tudo aquilo o que? Se nunca tivemos nada...

Então você me olhou. Sorriu.

Aquele sorriso irônico de quem sabia o porquê de eu estar alí...

Mesmo que nem eu mesma soubesse.

Seu all-star surrado, seu casaco azul escuro que você dizia ser preto...

Sua voz. Seu cheiro. Você...

E, naquele momento eu poderia te dizer tantas coisas, mas não, não disse...

Fui embora.

E, mais uma vez, eu não disse adeus.