terça-feira






“Aqui jaz um coração.” Escreveu no mármore branco com sua tinta de escrita negra. Foi quando escutou uma voz familiar atrás dela:

- O que faz aqui, garota?
- Nada. Só vim enterrar algo, aqui.
- O que enterrou?
- Vim enterrar meu coração.
- Está louca? Como enterras teu próprio coração?
- Não me serve mais.
- Coração não é como um objeto descartável, que após o vencimento você simplesmente joga no lixo.
- Não quero mais sentir.
- E, por isso, enterrou teu coração?
- Não.
- E, pelo o que foi então?
- Foi por amor.
- Enterrou teu coração por amor?
- Sim.
- Que tipo de amor é este?
- Amor próprio.